8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Uma reflexão para o dia de hoje, com contrapontos importantes para entendermos o cenário do lugar ocupado pelas mulheres na sociedade: “querer não é poder”. Isso, infelizmente, ainda é bem representativo se analisada a realidade feminina na sociedade, desde o seu papel até o lugar que ocupa.
Em um retrospecto da formação da sociedade como a conhecemos, nós quase sempre tivemos um papel centrado em cuidar – não em prover. Pois desde os primórdios, aos homens cabia a caça e o provento. Obviamente a situação vem passando por alterações nas últimas décadas, ainda que a passos lentos.
O cuidado com a casa, com a família, com a culinária… enfim, sempre foi a preocupação da mulher ao passo que, enquanto os homens estavam fora e asseguravam a subsistência do grupo, tudo no lar estava em perfeito “funcionamento”. Os homens dependem tanto quanto nós de um ambiente bem estruturado para viver.
Então por que exatamente eles não estão inseridos nessa lógica de cuidar de um lar?
A conclusão é que, de forma velada, ainda que historicamente tenham existido oportunidades para uma mudança e equidade de papéis, os avanços ocorreram a duras penas. Não à toa, a história nos traz efemérides emblemáticas relativas a conquistas femininas. E a palavra conquista é o cerne pois nunca nos fora dado nada de mão beijada.
Não que façanha, proeza e bravura não possam ser usadas em contextos como o episódio que marcou o que se definiu posteriormente como o Dia das Mulheres, em que operárias foram queimadas dentro de uma fábrica como repressão às greves e bandeiras que levantavam, de igualdade de salário e de condições de trabalho em relação aos homens.
E temos outros episódios emblemáticos, como o direito ao voto, estudo e da profissão. De maneira objetiva, nenhum homem vai admitir o machismo velado que ainda dita os rumos e papéis definidos para cada gênero em nossa sociedade.
Desta forma, nós, mulheres, temos, aos poucos, conseguido chamar a atenção para o nosso lugar na sociedade. Apesar de sermos a personificação do “querer não é poder”, como já DITO.
Romper barreiras leva tempo. Se os acontecimentos factuais são importantes como justificativa para a disrupção, a construção de uma agenda, com diálogos e ações que realmente mudam um cenário, deve ser cotidiana.
Todos os dias, devemos, sim, lembrar a toda a sociedade que é dever de todos cuidar da casa e das tarefas domésticas. Que cabe a cada um prover. Que as mulheres podem tanto quanto os homens ter uma carreira futebolística, por exemplo. Que os homens podem sim ter a profissão que bem entenderem, assim como as mulheres. Que eles podem tanto quanto elas, desde cedo, brincar de casinha, de comidinha. Que elas, tanto quanto eles, podem brincar de carrinho ou videogame.
Que as mulheres são extremamente capazes e o seu lugar é onde ela quiser…. podem ser excelentes mulheres como: engenheiras, diretoras, árbitras e principalmente como Oficiais de Justiça. E que todos merecem salários de acordo com suas funções e não em decorrência de seus gêneros.
Toda essa conscientização é o que vai mudar o conceito do papel feminino para esta e pelas próximas gerações. Até que isso seja uma agenda além da perspectiva feminina e seja um ideal também masculino.
E para que isso ocorra, não há outra forma: mulheres, uni-vos! Perseverem, façam a diferença junto aos homens e mulheres de suas vidas, dia após dia. Juntas, somos mais fortes! Quem ganha não somos nós. É a sociedade.
FELIZ DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES!!!!